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Parceria estratégica entre a Biomakers e a Labcorp ampliará o acesso a pacientes oncológicos em toda a América Latina

Em dezembro de 2022, a Labcorp e a Biomakers assinaram um acordo no setor que beneficiará milhares de pacientes com câncer na América Latina por meio de amplo acesso a perfis moleculares para diagnóstico e participação em ensaios clínicos.

Recentemente, entrevistamos Nicolas Kirchuk, CEO e cofundador da Biomakers, e Dr. Isagani Chico, vice-presidente e diretor do Departamento de Oncologia da Global Therapeutic Head (serviços de desenvolvimento clínico e comercialização) da Labcorp e fizemos algumas perguntas sobre a nova parceria.

O que é a Biomakers e qual a finalidade dessa parceria?

NK: A Biomakers é uma empresa de testes moleculares e genômicos com sede na Argentina, escritórios em San Francisco e laboratórios no Brasil, Argentina e México. Ao gerar informações genômicas de alta qualidade e combiná-las com dados clínicos, desenvolvemos análises científicas e bioinformáticas avançadas com o objetivo de fornecer recomendações terapêuticas direcionadas.

IC: Com o apoio de uma empresa consolidada, a Labcorp Drug Development pode se beneficiar da experiência e conhecimento das políticas regulatórias específicas e de remuneração de pesquisas da Biomakers, ampliando o acesso ao maior biobanco de dados de diagnósticos e resultados clínicos da América Latina. Além disso, a parceria estabelece ainda mais nossa experiência e idoneidade na realização de ensaios clínicos de forma abrangente e global para o desenvolvimento de terapias oncológicas inovadoras.

Como será a colaboração entre a Biomakers e a Labcorp?

IC: Com base em nosso acordo, dados retrospectivos exclusivos da Biomakers sobre a população latino-americana (dados moleculares, clínicos e biobanco) para diversificar o recrutamento e participação de pacientes na região.

Além disso, a Labcorp e a Biomakers criarão um programa de pré-triagem para ajudar a identificar candidatos para ensaios clínicos atuais e futuros, juntamente com o desenvolvimento de um banco de dados “em tempo real” de pacientes com características clínicas e genômicas, identificação de investigadores atuais e potenciais e locais clínicos e a formação de uma rede de encaminhamento de pacientes na América Latina.

Qual será o impacto dessa parceria nos pacientes da América Latina?

NK: Embora a América Latina represente 8% da população mundial, menos de 5% dos ensaios clínicos abertos e planejados são feitos na região. Estamos muito entusiasmados com esta colaboração, pois ela soluciona uma questão pendente na América Latina, fornecendo maior acesso a testes diagnósticos inovadores e tratamentos de medicina de precisão investigativa para pacientes com câncer na região.

IC: A parceria também incentivará o aumento da diversificação de pacientes que participam de ensaios clínicos de modo geral. Não houve muitas mudanças no número de empresas farmacêuticas que expandiram seus centros de testes oncológicos na América Latina e muitas estão buscando facilitar o acesso dos pacientes em áreas mais carentes e de baixa concorrência em comparação a outras partes do mundo.